RESENHA DE LIVROS

[RESENHA] “DIÁRIO DE UM BANANA” DE JEFF KINNEY


Para começar isto é um livro de memórias não um diário, mas, enfim, vamos fazer valer o que está escrito na capa.

Gostaria de agradecer à mãe do Greg por obriga-lo a escrever este “diário”. Verdadeiramente a vida de Greg precisava ser escrita e quem melhor para escrever do que ele mesmo?

Greg Heffley é uma criança mergulhando no ensino fundamental e na vida. Ele mora com os pais e os dois irmãos, Manny e o Rodrick. É incrível como o Greg tem sorte, tudo acontece com ele. Ao lado de seu melhor amigo, Rowley, passa por cada uma.

Esta breve e simples sinopse resumiu bem este livro: conhecer a vida e as divertidas situações que a mesma coloca o pequeno Greg.

“Diário de uma Banana” de Jeff Kinney é destinado para um público infanto-juvenil, mas especificamente crianças, porém ele é tão engraçado, que até mesmo adultos que queiram matar o tempo podem apreciar, ou seja, é um livro divertido para todas as idades, um livro para entreter.

Não é uma obra que possa mudar a vida de alguém drasticamente; particularmente não vi critica social, como muitos dizem por ai, até porque você não se preocupa muito em ver isto quando ler este livro. Creio que se isso fosse lá um dos focos deste livro ele ficaria um tanto chatinho.

O livro é recheado de momentos engraçados, irônicos; não foram poucas às vezes em que travei na leitura por não conseguir parar de rir. 

As ilustrações são um elemento a mais para esse humor, as sacadas nas gravuras são muito bem pensadas.

O Manny, irmão mais novo do Greg é um dos meus personagens preferidos; ele consegue ser um personagem bem crível, daqueles que você pode encontrar na vida real.

Este primeiro livro da série me divertiu bastante, e indico para aqueles momentos de leitura para passar o tempo e dar boas risadas. O próximo livro da série: “Rodrick é o cara” traz então certa expectativa, claro, para lê-lo vou esperar um intervalo ou outro para rir e me divertir.

______________________________________________[RESENHA] "O MENINO DO PIJAMA LISTRADO" DE JOHN BOYNE



Em nossa época talvez jamais presenciemos algo tão cruel e ao mesmo tempo transformador como a 2º Guerra Mundial. Uma guerra que destruiu muito, mas também construiu um mundo diferente, ainda há reflexos dela nos dias atuais.


“O Menino do Pijama listrado” de John Boyne, não é mais um livro sobre esta guerra, mas um livro para refletir sobre ela e sobre nossos dias atuais. Será que em determinados pontos mudamos?

Através da história Bruno, um garoto de 7 anos, o autor imortalizara a amizade entre dois garotos iguais e distintos, em um momento que se buscava uma raça pura em quem não se se encaixa nela era descartada. Bruno é obrigado a se mudar com a família para uma casa longe de tudo o que lhe fazia feliz. Da aventura. Dos amigos. Mas, é através de Shmuel que uma história singela torna-se brilhante.

O autor escreveu este livro em dois dias e meio, mas é impressionante como em tão pouco tempo ele conseguiu criar imagens, sequencias, conseguiu introduzir tantas palavras com tantos significados. Palavras tão simples, mas com tanto a extrair delas. É uma história tão marcante e tão confrontante ao mesmo tempo em que é simples, sem ser simplória.

Quando Bruno conhece Shmuel, a vida na nova casa muda. O sentido da vida dele é transformado, pois ali há algo a ser explorado. Acredito que olhar pelos os olhos de duas crianças um período tão cruel é uma das maiores ideias da contemporaneidade. Ver o quanto duas crianças veem mais que olhos adultos.

A frase ilustra bem, como tudo parecia um tanto sem noção para aquela criança. Ao utilizarem a expressão exigida naquela época na Alemanha, veja como Bruno a entende:

“Heil Hitler - disse, o que bruno presumia ser outra forma de dizer: ‘bem até logo, tenha uma boa tarde.’” (Pag. 53)

Nesta história possuímos personagens que carregam significados marcantes. Temos personagens que veem o que está diante dos olhos deles e outros que os fecham por puro convencimento e não vontade de questionar.
Maria a empregada, nada pode fazer, mas o que não quer dizer que pense como todos. A mãe de Bruno, é obrigada a fazer o que lhe mandam, mas possui neste livro uma das cenas mais belas. A Avó de Bruno ver com a razão e com a emoção bem dosadas e até no fim de sua aparição é carregada de significados. 
O pai de Bruno é um general, ao assim... Ele é ordenado a fazer algo, mas não questiona aquilo, faz porque mandam. Por que foi convencido que aquilo era certo. De que aquilo era o conserto de uma história. É horrível ler isto.

Bruno e Shmuel são as essências da pureza. Duas crianças, dois futuros. Eles são os que mais questionam o que acontecem por acharem tão absurdo tudo aquilo e não entenderem.
Gostaria de destacar em Bruno, que mesmo que eles venham a desempenhar um papel, de certo, questionador, o autor não abre mão de ressalta a criação dele. Mesmo que possua ideias que podem transformar aquele mundo, se todos pensassem da mesma forma, ele não deixa de ter atitudes fúteis, a dar importância a coisas fúteis, não o culpe... Olhemos pela criação dele, ele nem mesmo sabe quem são os judeus, nem o que eles estão enfrentando. Isso é brilhante, porque não coloca os personagens no lugar de bonzinhos ou maldosos, mas sim como seres humanos.

Quando Shmuel e Bruno se tocam pela primeira vez, num aperto de mão por entre as cercas é de emocionar, pois pela primeira vez temos a união de dois povos unidos. São cenas como essas que nos transformam durante a leitura. Que nos fazem refletir no hoje será que deixamos de ser preconceituosos, não apenas em relação ao preconceito racial, de orientação sexual, de crenças, mas sim em relação a tudo, até que ponto nós aprendemos que “temos que concordar em discordar” (pag. 102)

Uma frase que não saiu da minha cabeça ao terminar a leitura, foi um questionamento de Bruno, na primeira conversa mais franca com a irmã, no qual ele diz:

“ ‘Não”, disse bruno, ‘não entendo porque não podemos ir ao outro lado. O que há de tão errado conosco a ponto de não podemos ir ao outro lado da cerca e brincar?’” (pag. 158)

Note que eles são alemães. Note que ele usa palavra conosco. Deixo que reflitam.

“ ‘Qual era a diferença, exatamente”? ’, ele se perguntou. E quem decidia quem usava os pijamas e quem usava os uniformes? (Pag.91)
É emocionante escrever sobre esse livro, não tenho como simplesmente negar a emoção que ele me propicia e nem como ele me faz pensar racionalmente também. Pouco importa aqui uma opinião critica sobre a edição, ou seja, lá que for, diante de uma obra como essa isso é coisa fútil. Diante dessas palavras. 

Se todos puderem mergulhar nessas páginas algumas vezes na vida, não será em vão. Crescemos um pouco quando lemos a ultima frase desta obra.

__________________________________ [RESENHA] “THEODORE BOONE – O SEQUESTRO” DE JOHN GRISHAM




Tudo aconteceu no meio da noite, entre as nove e quinze e às três e meia da manhã. April Finnemore foi sequestrada. Nenhum tipo de pista significativa foi deixada. Ela estava dentro de sua casa, não há sinais de arrombamento. A última pessoa que entrou em contato com ela foi o seu melhor amigo, Theo Boone, este tem dela algumas secretas confidências.

Porque motivo alguém sequestraria um garota de cerca de 13 anos como April? Ninguém sabe. Logo toda a cidade de Strattenburg entra em total comoção. Theo sabe de algumas coisas de April com os pais, sabe também que ela se pudesse tentaria entrar em contato com ele. Ela é uma menina incomum e possui em Theo toda a confiança.

Theo chega a organizar tropas de busca com alguns amigos, simplesmente pelo fato de não achar que o trabalho da policia esteja bem feito. Com a ajuda de seu amigo Chase e o Tio Ike começa uma investigação que sempre não dar em lugar nenhum.

"Theodore Boone - The Abduction" , Editora Rocco
2011. 255 páginas. John Grisham.
Esta é a trama que John Grisham oferece neste segundo volume da série infanto-juvenil “Theodore Boone”, que teve logo no inicio um crime misterioso e que ainda esta sem solução plena. Confira a resenha do primeiro volume, “Theodore Boone – O aprendiz de Advogado”

Neste segundo volume a situação é instigante, mas não tão impossível de ser resolvida quanto é o primeiro caso que ainda está em processo no tribunal. O autor constrói uma trama que prende o leitor do inicio ao fim, mesmo que esse seja bastante esperto e descubra o segredo antes do fim. É uma trama mais leve em comparação ao primeiro, mas que não se toda vil, sem importância.

Os personagens são bem construídos. É bom ler sobre eles. Destaca-se Theo, um garoto que sabe o que quer. Um exemplo para a criançada; e o tio Ike, um advogado que foi suspenso da atividade, em que o motivo para isso ainda não foi resolvido, mas sabemos que é serio. Um dos mistérios da série.


Geralmente em séries literárias onde encontramos casos policiais a leitura dela na sequência não é muito necessária. Esta é curiosa, pois você pode ler o segundo volume sem precisar necessariamente da leitura do primeiro, até porque todos os personagens são apresentados novamente, claro que de forma mais sucinta, porém de uma maneira que oferece uma visão geral deles. Contudo, não tenho plena certeza em relação ao terceiro volume, pois o podemos prever pelo que acontece nas duas últimas páginas do segundo volume, é que voltaremos ao primeiro caso, lá do primeiro volume. Apesar de que agora, Theo se verá em grandes apuros, pois ele será acusado de um roubo. 

O Segundo Volume da série traz uma história intrigante, especialmente para o público alvo, mas que pode agradar qualquer leitor quiser nela se aventurar. É uma série que se destaca no meio das inúmeras do gênero e verdadeiramente, como todo fã, gostaria que ela ganhasse cada vez mais espaço nas estantes e corações dos leitores brasileiros.

____________________________"A CULPA É DAS ESTRELAS" DE JOHN GREEN



É impressionante como um livro pode te surpreender. Como nas suas primeiras linhas te tocam de alguma forma; que aquele livro ganha proporções grandiosas, durante a sua leitura. Torna-se tão importante, que jamais será esquecido.

Ano passado, em 2013, apenas dois livros tornaram-se assim preferidos e inesquecíveis. Este ano, No meu aniversário ganharia o livro que me reservaria momentos lindos, emocionantes e surpreendentes. Fui presenteado com “A Culpa é das estrelas” de John Green. Uma grata surpresa. Um incrível presente. E tornaria-se também preferido e inesquecível.

O livro me surpreendeu. Quando iniciei a leitura eu tinha uma ideia meio que pré-formada sobre o livro. Já havia lido dezenas de resenhas, comentários, imagens, já havia sido divulgado o trailer do filme, pôster, o mundo comentando. Eu vinha com uma ideia que digamos lembrava muito certo “Um amor para recordar”. Nunca fiquei tão feliz de estar enganado.

Logo nas primeiras linhas, eu vi que este livro não era igual a nenhum outro. Eu não podia ter imaginado uma referência tão esdrúxula. As primeiras linhas me revelaram um personagem incrível, chamada Hazel Grace.

Hazel é um paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante – o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos -, o último capitulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de apoio a crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.

O livro é em primeira pessoa, como um diário de Hazel Grace, é interessante notar com o tempo, que parece que o foco não é contar a sua história como um todo, mas sim contar a  história dela com Augustus Waters. Tudo leva a isto.

Na página 16, da minha edição, conhecemos verdadeiramente Augustus Waters. Vou deixar que ele se apresente:

“ – Meu nome é Augustus Waters – disse. – Tenho dezessete anos. Tive uma pitada de osteossarcoma um ano e meio atrás.”  
Qual o seu maior medo? 
- “Eu tenho medo de ser esquecido – disse ele de bate pronto. – tenho medo disso como um cego tem medo do escuro.” (pag. 16)

Quando esse personagem se apresentou foi como se uma amizade tivesse nascendo ali. Não sei, se todos sentiram isso. Mas, é como se Hazel e cada leitor virassem amigos de Augustus. É estranho como um garoto como Gus, para os íntimos, tenha medo de ser esquecido.

Foi então, que me identifiquei com o personagem. Meu maior medo? Ser esquecido. Foi um choque, foi à primeira lágrima, foi o primeiro momento que prendi a respiração. E desde então, eu percebi: eu não vou ler uma história de adolescentes com Câncer. Eu vou ler uma história de adolescentes enfrentando a adolescência, a vida. Com seus medos, com suas alegrias, com suas limitações.




O The New York Time, disse: “Um misto de melancolia, doçura, filosofia e diversão”. Nunca concordei tanto com este jornal. O Quanto esse livro me fez pensar, é surpreendente. Sobre tanta coisa, sobre a vida. Sobre a morte. A uma passagem que Hazel diz: “ Você morre no meio da vida, no meio de uma frase” (pag.52). Como a vida é frágil, às vezes. A vida é para ser vivida. Aproveitada, ela tem que valer a pena. Cada segundo tem que valer, você estando com uma doença terminal ou não. E quantas vezes, não sentimos o medo de não ser importante para ninguém. Quantas vezes eu já não sentir isso. Talvez, você esteja começando a perceber o porque desse livro ter sido tão importante para mim.

Segue abaixo, uma relação de passagens, que escolhi para apresentar coisas que me fizeram refletir, emocionar, repensar:

“Não acho que todo mundo possa continuar tendo dois olhos, nem que possa evitar ficar doente, e tal, mas todo mundo deveria ter um amor verdadeiro, que deveria durar pelo menos até o fim da vida das pessoas” (pag. 57)

O amor verdadeiro. Isso é importante.

“As pessoas sempre acabam ficando insensíveis à beleza” (pag. 115)

É impressionante, como o simples, como um detalhe tão bonito, torna-se ínfimo, hoje em dia. Sem valor, quando crescemos. Eu não aceito isso, nunca aceitei. Não aceite. Vejo o belo das coisas. Veja o lado bom das coisas.

Aqui está a imagem que eu via da minha janela, enquanto finalizava a leitura desse livro:




“O mundo não é uma fábrica de realizações de desejos”. (pag. 128)

Hazel e Augustus percebem isso em poucos momentos. Nem sempre teremos o que queremos, mas isso não significa não podemos lutar pelas coisas.

“Viver o melhor da sua vida hoje” (pag. 152)

Você conhece o amanhã? Nem eu. Então vivamos o hoje.

“Os Verdadeiros heróis, no fim das contas, não são as pessoas que realizam certas coisas; os verdadeiros heróis são as que REPARAM nas coisas.” (pág.218)

Homens fizeram grandes coisas. Terríveis. Só foram grandes coisas. Os que reparam, observaram esses sim, fizeram grandes coisas. Belas e verdadeiramente importantes.

“A Culpa é das estrelas” é filosófico, é engraçado. De fato, você rir muito... até nos momentos mais tristes. Foram muitas vezes que as lágrimas caiam, mas eu tinha um sorriso e uma gargalhada pronta. Ele é Brutal. É difícil ver as coisas mudarem tão rápido. Tão intensamente. Mas a vida é assim.

Sei, que o texto pode ter ficado um pouco grande, e veja que isso é só o básico do que eu gostaria de dizer. Porém, quero estabelecer um pequeno comentário sobre o titulo: Quem são as estrelas?

1- Estrelas no sentido real da palavra. Aquelas que brilham no céu da noite.
2- As estrelas engarrafas no Champanhe.
3- Ou é uma metáfora para o ser humano? Afinal, o autor como seu personagem é um grande adepto a metáforas.

Os deixo com essa citação e esse questionamento:

“é da natureza das estrelas se cruzar. [...]” (pag. 81)
A culpa é das estrelas, a culpa é....


GREEN, Jhon. A Culpa é das Estrelas. (The Fault in Our Stars)
Tradução de Renata Pettengill
Editora Intrínseca, 2013. 224 páginas.
Augustus Waters se tornou um dos meus personagens favoritos. Nunca eu me identifiquei com um personagem, por várias coisas diferentes de mim, mas tão parecido. É difícil explicar, mas parece que Augustus Waters é um pouco do que eu queria expressar e nunca conseguir.

“A Culpa é das estrelas” é um livro para ser incrivelmente lido com delicadeza, de coração e mente aberta. Se ainda não leu, leia. Se só diz que leu, Leia. Se não quer ler, porque acha que é modinha, eu digo: LEIA!

Se não parar de escrever, será um tese de 400 páginas este post. “Meus pensamentos são estrelas que eu não consigo arrumar em constelações”, pelo menos não, muito bem nesse momento.

O que eu posso dizer, para finalizar: LEIA!

“Eu acredito naquela frase de Uma frase imperial. “A luz do sol nascente forte demais em seus olhos que perecem”. Acho que o sol nascente é Deus, e a luz do sol é muito forte e os olhos dela estão perecendo, mas não estão perdidos. Eu não acredito que retornamos para assombrar ou consolar os vivos, nem nada, mas acho que nos transformamos em alguma coisa.” (pag.118).

[RESENHA] “VIVENDO UMA VIDA AUTHÊNTICA"


O mineiro Marco Túlio sempre foi apaixonado por games. Tão apaixonado que decidiu enfrentar a timidez e criar um canal no YouTube para falar dos jogos de que gostava. Com seu jeito simples e engraçado, Marco Túlio transformou o AuthenticGames em ponto de encontro para quase 4 milhões de crianças e adolescentes... 


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